quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Feliz 2010

Cá estou eu em Recife, no último dia do ano, pensando no que vou fazer de diferente em 2010. Já disse que não posso reclamar de 2009, mas sempre se pode melhorar, não é mesmo?

A primeira resolução tomada será colocada em prática ainda esta semana. Agora é esperar para ver o resultado.

A todos muita saúde, paz e amor.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Electrical storm

You're in my mind all of the time
I know that's not enough
If the sky can crack, there must be some way back
For love and only love


U2 - Forever...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

domingo, 6 de dezembro de 2009

O gato malhado e a andorinha Sinhá



Desde ontem sou uma feliz proprietária deste livro de tanta sensibilidade do Jorge Amado e de ilustrações do Carybé.

500 days of Summer - Sobre o filme



Atendendo a pedidos dos meus leitores, vou falar sobre o filme. :-)

Para começar, embora seja a história de um encontro entre um homem e uma mulher, não é uma história de amor. Na verdade, o amor existe, mas é unilateral. Então é amor ou não? Sei lá. O fato é que ele, Tom, rapaz sensível que entendeu errado o final de A Primeira Noite de um Homem e foi influenciado por músicas depressivas da década de 80, achava que não seria feliz até encontrar ela, Summer.

E ele se encanta de forma intensa por ela, que só quer ser divertir. Ah, você já viu esse filme? Rolou um dejá-vu? Eu sei, também senti isso.

Eles se dão bem, são amigos, se divertem muito, mas as percepções sobre o relacionamento não são as mesmas. Muito pelo contrário. E um dia ela o surpreende dizendo que não fazia mais sentido eles se encontrarem. A partir daí o filme tem a sensibilidade de mostrar como temos dificuldade de encarar a realidade, de imaginar que o outro vai mudar e se encantar também. Isso até acontece, mas é tão raro.

Quando disse antes que foi um tratamento de choque, queria dizer que o filme, com um enredo aparentemente tão simples, me fez pensar o quanto tenho de Tom e o quanto sou a Summer.

Como boa Maricota, já fui o Tom inúmeras vezes. E sofri como ele, indo ao fundo do poço por pensar que poderia buscar reciprocidade. Só que não há ciência, não há regra. Precisa de bastante atitude sim, mas também de sorte (você ou ele podem estar comprometidos com outras pessoas, podem morar longe um do outro, um dos dois pode estar numa fase ruim) de afinidade e vontade. Isso, precisa vontade. Dos dois. Senão não vai acontecer, embora você se perca em supostas coisas em comum (gostos musicais, manias, hobbies, qualquer coisa pode te ludibriar). Quem leu o post da @ladyrasta vai entender: A Bulgária não vale a pena. Não adianta você revirar céus e terras se outro não tem VONTADE. Parece simples, né? E é. Só que a gente sonha tanto que às vezes nem percebe que a empatia não é assim tão forte como a gente gostaria.

Se eu já fui a Summer? Já sim. Poucas vezes, a bem da verdade. Porque sou moça com idade mental de trezes anos para relacionamentos e tenho apanhado bastante por isso. Mas de toda forma, houve uma pessoa de quem gostei muito, muito e com quem nunca consegui manter um relacionamento quando estava apaixonada, por vários motivos, um deles por conta da distância. Naquela época eu não tinha um salário bom (ainda não é sensacional, mas melhorou um bocadinho :-)), as passagens eram caríssimas e a gente não se via com frequência. Bem, não era só isso. Hoje eu vejo que a criatura não era assim alguém em quem se pudesse confiar. Mas enfim, como diz o meuamigocantor, às vezes não tem conselho de amigo ou comoção familiar que faça você mudar de ideia. E eu não mudei. Só que, quando voltei pro Rio e nós finalmente estávamos próximos, o encanto havia acabado. Fui vendo que a figura não era bem aquilo que eu imaginava...O fato é que eu fui a Summer durante um bom tempo. Me diverti sem qualquer envolvimento. E um dia falei que não iríamos mais nos ver. Simples assim.

Bem, veja o filme, vale a pena pelo enredo, pela trilha maravilhosa, pelo que te faz refletir.

Redes Sociais



Ando sem saco para Facebook. O Orkut pra mim morreu. Só ando mesmo no Twitter agora que tenho um Blackberry, porque acompanhar tudo do computador é inviável.

Adorei a imagem acima, a compilação dessas ferramentas todas chega a ser assustadora. Mas ando focada em outras coisas. Estou evitando a ansiedade do conhecimento e do compartilhamento. Vivendo um pouquinho só pra mim, lendo os meus livros, conversando com os meus amigos, visitando minha mãe, passeando nos dias de sol e de chuva também.

Estou mais feliz ;-)

Correria

Esta semana estive fora daqui, mas é que ando numa correria muito louca. Rio x São Paulo x Niterói, organizando o aniver da minha mãe, fazendo mil propostas no trabalho com o intuito de dominar o mundo, planejando a viagem de Reveillon, enfim: tudoaomesmotempoagora.

Além disso, a Jabiraca mais amada chegou ontem e estou louca para passar a próxima semana com ela ;-)

E, pequeno detalhe, trabalhei ontem (sábado) e hoje vou ao escritório. Mas tudo bem, dezembro passa rápido.

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Sem padrões

Até onde vai o amor e onde começa a amizade? Esses sentimentos são complementares, antagônicos, convergem ou divergem? Onde acaba a paixão e inicia a calmaria do amor, se é que isso existe?

Confesso que tudo isso me confunde - e muito. E quando vejo palavras tão amplas (e díspares?) quanto atração física e amizade no mesmo parágrafo fico ainda mais perturbada.

Alguém pode criar uma ISO9000 para os sentimentos?

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

New friends, new poetry

quanta estrela dura essa saudade
que acompanha a aventura de viver
que registra um dado no diário
coordenada que me leva pra você?

Delicadeza do @jampa

Sedex

Você manda uma encomenda e se arrepende 5 minutos depois. E agora? Como faz para interceptar o Sedex?

Não há escapatória, só esperar pelo pior. Ou não.

Por sorte ou destino ou acaso ou sabe Deus o que, deu tudo certo :-)

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Ainda amo The Smiths

Sei que isso aqui às vezes fica parecendo aqueles cadernos que a gente tinha quando era adolescente, mas eu sinceramente não resisto... Adoro a voz do Morrissey, os arranjos, lembro da época do colégio em que ouvia Big Mouth e Heaven knows I´m miserable now.

Dessa música eu não me lembrava direito, mas hoje é uma das minhas preferidas deles.

Good times for a change
See, the luck I've had
Can make a good man
Turn bad

So please please please
Let me, let me, let me
Let me get what I want
This time

Haven't had a dream in a long time
See, the life I've had
Can make a good man bad

So for once in my life
Let me get what I want
Lord knows, it would be the first time
Lord knows, it would be the first time


Please, Please, Please, Let Me Get What I Want

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Addicted to - and it´s not twitter

Sweet Disposition

sweet disposition
never too soon
oh, reckless abandon
like no one's watching you
a moment
a love
a dream
aloud
a kiss
a cry
our rights
our wrongs
a moment a love
a dream
aloud
a moment a love
a dream
aloud


The Temper Traps, minha nova obsessão ;-)

Sobre a loucura

Somente uma pessoa muito maluca vira pra outra sem estar bêbada e fala:

- Aprende aí essa música do The Temper Traps que eu mandei porque eu vou CANTAR no seu aniversário.

domingo, 22 de novembro de 2009

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Viciada

E não é que eu me rendi ao Twitter? Estou me divertindo horrores, agora que tenho um monte de coleguinhas ;-)

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

About me

Não, eu não estou triste. De verdade. Só estou na minha, tentando digerir os últimos dias, meses ou anos de modo a entender o que está na minha cabeça agora.

Mas estou bem.

E não, eu não quero falar. Não quero conversar, não quero contar, não quero desabafar. Nada. Fico esgotada quando a minha vida vira o debate do Sem Censura. Estou precisando avaliar, medir, processar, planejar, descartar, focar. Sozinha.

É isso.

Eu queria muito saber...

O que você ainda quer de mim.

It won't hurt to find love in the wrong place
I've been hurt before but all the scars have rearranged
It won't hurt to find love in the wrong place
I've been hurt before but all the scars have rearranged
It won't hurt to choose the path that we all walk alone


The Magic Numbers

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Depois de ontem no salão...

Agora eu sou essa moça aqui de baixo:



Honestamente não entendo como não nasci com os cabelos dessa cor. A coisa toda começou assim: Tenho cabelos brancos desde os 16 anos. O primeiro se chavama Almeida, em homenagem ao meu professor de Cálculo I. Daí com uns vinte anos comecei a usar henna, que na época estava suuuper na moda e que era usada por uma amiga fashion da faculdade.

Beleza. Chegou uma hora em que a henna não dava mais conta. Apelei para o tonalizante e depois para a tinta. Isso tudo até uns vinte e seis, por aí. Daí que mais ou menos nessa época, quando morava em Recife, decidi fazer umas mechas no cabelo. Pronto, estava aí a minha perdição. Virei ruiva de vez, com mechas e com um cabelo mais liso que o da Perla. E aí já foram várias versões e nuances do vermelho, mas sempre ele.

Houve uma vez em que estava deprê e entrei numa de "voltar ao que era antes". E virei uma moça castanha sem graça. Nada contra as moças castanhas. Mas é que essa agora não combina mais comigo. Não sou eu, na verdade. Gosto do contraste da cor com a minha pele, da vibração que ela traz e que tem a ver com que sou, com tudo que vivi e somei até o momento.

Eu sou é essa moça aí do Moidsch ;-)

domingo, 15 de novembro de 2009

A parede mostarda



Andei dando um jeito no ap, como disse antes aqui. E pintei uma das paredes de mostarda, ocre, sei lá a direito a cor. Só sei que ficou linda. E a parede do meu quarto onde fica a cama agora é de um azul bem forte, maravilhoso.

Daí que hoje estava vendo as minhas reproduções de Monet, que trouxe no colo de NY, depois de passar por mais duas cidades, e lembrei que há onze anos queria uma parede azul no meu quarto. E uma mostarda na sala. Porque as pinturas têm muitos traços em azul e apliquei o passepartout em ocre e vinho. Sim, porque isso tudo foi antes de ir morar em Recife, quando ainda era solteira e estava planejando meu apartamento.

Pode ser um simbolismo bobo, mas fiquei pensando no mundo de tempo que demoramos para concretizar pequenas coisas que desejamos tanto.

Momento carente ;-)

Estou com saudade das minhas amigas. Fato. Isso hoje me fez me sentir sozinha e meio triste. Sim, eu disse que adoro ficar sozinha há alguns dias atrás, eu sei. Deve fazer parte da esquizofrenia esse sentimento que tive hoje ao entrar no café do Cine Unibanco e lembrar que já estive lá inúmeras vezes SOZINHA. E em quase todas elas eu liguei para a Dani, porque lá tem um capuccino delicioso e eu sempre me lembro dela.

A verdade é que muitas das minhas amigas estão longe de mim hoje. A Rê na Suécia, a Tati na França, Jackie na Austrália, Dani no Brasil, mas em Belém. Longe, longe, longe. A Maricota agora está entretida com as coisas do casório e não a via há meses, conseguimos jantar há duas semanas atrás sabe Deus como. Tenho a Rê em Sampa, a Monica em Recife, a Bia que nem sei por onde anda, a Cris ocupada com duas crianças, a Sil que mora em Niteroi e com quem acabei perdendo contato, só agora recuperei os telefones dela. Me dei conta que não tenho nenhuma amiga no trabalho e depois o mais sério: nenhuma companheira/escudeira no Rio. Ninguém.

Vamos lá: eu adoro meus amigos homens. Mas tem coisas que precisam ser compartilhadas com as mulheres.

Meu Deus, como cheguei até aqui sem perceber? Esse momento de muita rede social, msn, telefone, tudo isso te engana e faz acreditar que tem companhia. Porque sim, mantenho contato com quase todas as meninas que citei aí em cima mais de uma vez por semana, às vezes.

Mas aí, num sábado à tarde, você se dá conta de que não tem ninguém para assistir ao filme do Gerard Butler com você.

O acaso protege mesmo?

Ontem passei por uma situação no mínimo inusitada. Estava em Botafogo, onde fui almoçar e passar no meu salão para atividades fúteis. Resolvi ir ao cinema no UCI assistir a The Ugly Truth. Daí que peguei um ônibus (coisa que raramente faço, mas como hoje é sábado, não há vans disponíveis e estou num momento completamente pão-dura...) e sentei lá trás, conversando animadamente com um amigo pelo Twitter.

Eis que, já na Barra, o rapaz ao meu lado fala que estava passando MUITO mal e que precisava ir para um pronto-socorro. Lá fui eu para o São Bernardo com o rapaz, que levou umas agulhadas e entrou no soro. Resolvi esperar a família dele chegar, sendo que o pai apareceu mais de uma hora depois, pois estava do outro lado da cidade.

Esta criatura ficou tão agradecida que não parava de falar. O fato é que já passei por isso. Não ao ponto de ter que ir para um hospital sozinha, mas de ficar muito, muito doente e não ter ninguém para ajudar. Isso quando morei em Aracaju. A sensação de impotência e a iminência de depressão são gigantes. Por isso, não exitei em perder a sessão de cinema para a qual havia me programado e fiquei no hall do hospital ainda tuitando com os meus amigos. Francamente não foi esforço nenhum. Afinal, canso de ficar horas à toa no computador. Aquilo certamente não ia me matar. E livrei alguém de um sentimento muito ruim, provavelmente.

O engraçado é que o nome dele é André.

A vida é estranha mesmo.

P.S.: Deus, vou refletir mais sobre isso, me pareceu uma daquelas Suas mensagens subliminares ;-)

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Precisar, não precisa...

Já disse que vou estar na primavera em Paris? ;-))))

E ainda vai ter show do Michael Bublé com meuamigolondrino.

Ai ai... Já é maio?

Reveillon 2

Decidi que vou ali e volto no Reveillon. Desta vez com outros objetivos...

Só falta fechar as datas com o meu boss.

Posso confessar que já estou ansiosa?

Porque agora penso no que vestir, na sandália a usar, se faço uma escova marroquina, se compro uma bolsa de palha... E por aí vai.

E se fosse só por conta das futilidades seria até mais simples ;-)

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Bleh!

Acho que deviam proibir o Manoel Carlos de colocar músicas do Vinicius e do Tom Jobim nessas novelas xexelentas dele.

E tenho dito.

Para ser estudada

Mais um diálogo insólito no msn:

Ela diz (23:18):
menina
adoro ficar sozinha
serei eu autista?

A irmã diz (23:18):
ou esquizofrênica?

Ela diz (23:18):
ambos é possível?

A irmã diz (23:18):
simmmmmmmmmmmmmmmmm

A irmã diz (23:19):
caso raro

It´s all in your mind

And you know I’m fine
But I hear those voices at night sometimes
They justify my claim
And the public don’t dwell on my transmission
Cuz’ it wasn’t televised

But it was a turning point, oh what a lonely night

The star maker says “it ain’t so bad”
The dream maker’s gonna make you mad
The spaceman says “everybody look down
it’s all in your mind”


The Killers

E assim...

Eu acho que a gente tinha combinado outra coisa...

Podia não haver concordância, mas respeito pela decisão.

E foi só eu abrir uma janela e pronto. Tem um sol que insiste em entrar e me iluminar.

Se eu disser que não estou adorando é mentira.

Mas afinal, do que se trata tudo isso mesmo?

Lendo Caio F.

"Porque dormir também salva. Ou adia."

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

E o apagão, heim?

Cenas do apagão:

- Eu tenho Blackberry, você não teeeeeeeeeem!
- Pois eu estou decidindo se infernizo você e acabo com a bateria do note ou te deixo em paz...

E tome música RUIM detonando o resto de energia!

Lá pelas tantas, um vizinho grita:

- DESLIGA ESSA PORRA AÍ!!!!

Gente, inacreditável...

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Eu digo não

Eu já fui daquelas bobonas no trabalho que diziam sempre SIM. E se ferravam de verde e amarelo atoladas até o último fio de cabelo de tantas atividades que não conseguiam dar conta.

Pois tenho tentado dizer não. E hoje eu repeti NÃO durante uns quinze minutos até me livrar de um projeto que não traria muito retorno, embora tivesse aderência à minha área. Porque sinceramente, já passei da fase da quantidade de projetos. Agora eu quero é mostrar resultados concretos. That´s it.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Bulgária não vale a pena

Lady Rasta, mandando maravilhosamente bem em mais um texto.

E ela lê pensamentos agora?

Alf



Estava vendo um site agora e me lembrei que adorava assistir a Alf, o Eteimoso.

E me deu vontade de procurar os dvd´s da série para COMPRAR. Ou pedir de amigo-oculto, quem sabe...

Honestamente eu não sou uma pessoa que bate bem da cabeça.

domingo, 8 de novembro de 2009

Cabeça dura

Difícil quando você toma uma decisão, quer voltar atrás e não pode - não quer? Não quer ou não pode? Não pode ou tem medo? Não quer ou não deseja se magoar?

Por hora não vou fazer nada.

Vou ali comer uma goiabada cascão enquanto reflito sobre isso.

O próximo evento ;-)

Agora comecei a preparar o aniver da minha mãe. Uma super caranguejada (mas também com bife à milanesa), com o bolo sensacional que encomendei no meu aniversário, doces e pães de mel.

Sinto que farei jejum até lá.

sábado, 7 de novembro de 2009

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Message in a bottle

Se você pudesse me ouvir agora, eu diria que não me arrependo de nada. Nem das noites mal dormidas, nem dos meus sorrisos de encantamento, nem da confusão de sentimentos que passou por mim e me fez ter reações que há muito não sentia. Como chorar copiosamente por um dia inteiro e acordar querendo que fosse tudo mentira. Vai passar, eu sei, mas no fundo eu não queria que passasse. Queria ouvir que daqui pra frente tudo vai ser diferente e que estrelas mudam de lugar. É isso.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Sua vida no Google

Vou começar dizendo: eu amo o Google. De verdade. A filosofia da empresa, a inteligência por trás de tudo que eles fazem, a convergência de todas as ferramentas para facilitar sua vida. Beleza.

Mas confesso que ao ver que a minha vida tá ali, num tracking feito por eles me deixou bem assustada. Não, não acredito em nenhuma teoria da conspiração de que eles vão vender os dados ou usar para o mal. A questão é que é muito estranho ver todo o seu rastro registrado e mapeado e com índices e estatísticas. Eu heim...

E aí, conversando com uma amiga sobre isso, segue-se o seguinte diálogo:

.Maricota Recifense. diz (20:09):
que medo!

Andréa diz (20:09):
me senti pelada

.Maricota Recifense. diz (20:09):
e eu?!
ai
gostei nao!

Andréa diz (20:09):
minha vida tá lá

Andréa diz (20:10):
porque uso TUDO
orkut
gmail
blogger
youtube
caramba, que coisa!

.Maricota Recifense. diz (20:11):
pois é!
vao saber tudo de mim assim tao facil

Andréa diz (20:11):
Jesus
e o passado me CONDENAAAAAAAAAAAAAAAAAA

.Maricota Recifense. diz (20:11):
hahahahahhaa
o meu é feito dalmata
cheeeio de mancha!

Sensacional!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

E eu ainda tento...

Tenho pensado se não guardarei indisfarçáveis remendos das muitas quedas, dos muitos toques, embora sempre os tenha evitado aprendi que minhas delicadezas nem sempre são suficientes para despertar a suavidade alheia, e mesmo assim insisto. (Caio F. Abreu - Morangos Mofados)

Às vezes só o Moidsch pode explicar

Quarta-feira de cinzas

Porque de fato, todo Carnaval tem seu fim...

Tudo errado

Estou dormindo de menos, comendo demais, trabalhando de menos, sofrendo demais, malhando de menos, dispersa demais, irritada demais, chateada demais.

Hora de fazer uma lista de resoluções antecipada.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Mas sabe?

Apesar de tudo, falar a verdade é tão bom.

Mesmo com a tristeza, existe uma sensação de leveza, de que fiz o que podia.

Eu, eu mesma e eu também

Depois de passar a tarde no escritório com os olhos marejados, é hora de ir pra casa e ficar sozinha um pouco. Já abandonei os planos de sair com o meuamigomarmota. Preciso colocar tudo na mesa e arrumar a bagunça que está aqui dentro de mim. Sei que é só o começo, mas tem que ser hoje.

E viva a continuidade dos dias.

Mas hoje...

A vida volta ao normal, não é mesmo? E com ela a realidade dos fatos, a criticidade dos atos e a consequência de tudo que fazemos.

E dizer o que pensa e sente traz uma sequência de decisões posteriores que não podem ser ignoradas. E o sofrimento pode aparecer - e surgir de dentro de você como se fosse inundar a sua mente e fazer com que o resto do seu dia seja tomado por aquele horrível diálogo.

O que eu queria agora era ir pra casa, dormir com o meu edredom branco na minha cama encostada na parede azul. Só isso. E acordar amanhã e mergulhar num universo paralelo de trabalho e acordar aqui de novo só em 2010. Sem pensar em nada do que vivi nos últimos meses. Sem pensar em nada. É isso.

O melhor dos últimos feriados

Sim, foi tudo óóótemo. Todos se sentiram à vontade, Santa Janete me ajudou na sexta e fez um café da manhã de Caras, como disseram os meninos. Na noite de sexta ficamos de cantoria e no sábado teve praia e Lapa. No domingo foi dia de jiboiar durante todo o dia e de cantar e comer lasagna de queijo coalho com a casa cheia de amigos queridos.

Ontem teve vários episódios de Star Wars, pipoca e muita risada. Tudo quase perfeito. ;-)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

E o feriado chegou

Os amigos chegaram, a casa estava lindinha com paredes pintadas, plantas, flores, arranjos e velas por toda parte.

Praticamente não durmo há dois dias, mas estou tão feliz e animada que praticamente nem estou sentindo falta do sono.

Logo mais tem Devassa.

Já são sete horas?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Terminologias


Minha família tem algumas palavras próprias para determinados objetos ou situações. Casa amarela, por exemplo, é a denominação de algo muito fino, quase transparente, normalmente a fatia de alguma coisa. Isso porque minha avó era vizinha a uma casa amarela e quando alguém cortava algo muito fininho se dizia que dava para ver a residência ao lado :-)

Enfim, me lembrei disso porque hoje irei buscar os colchonetes para as visitas com a Cris, que lá em casa recebiam a denominação de ervilhas, por conta desta fábula de Andersen:

Era uma vez um príncipe que queria casar com uma princesa — mas tinha de ser uma princesa verdadeira. Por isso, foi viajar pelo mundo fora para encontrar uma, mas havia sempre qualquer coisa que não estava certa. Viu muitas princesas, mas nunca tinha a certeza de serem genuínas havia sempre qualquer coisa, isto ou aquilo, que não parecia estar como devia ser. Por fim, regressou a casa, muito abatido, porque queria uma princesa verdadeira.

Uma noite houve uma terrível tempestade; os trovões ribombavam, os raios rasgavam o céu e a chuva caía em torrentes — era apavorante. No meio disso tudo, alguém bateu à porta e o velho rei foi abrir.

Deparou com uma princesa. Mas, meu Deus!, o estado em que ela estava! A água escorria-lhe pelos cabelos e pela roupa e saía pelas biqueiras e pela parte de trás dos sapatos. No entanto, ela afirmou que era uma princesa de verdade.

— Bem, já vamos ver isso — pensou a velha rainha. Não disse uma palavra, mas foi ao quarto de hóspedes, desmanchou a cama toda e pôs uma pequena ervilha no colchão. Depois empilhou mais vinte colchões e vinte cobertores por cima. A princesa iria dormir nessa cama.

De manhã, perguntaram-lhe se tinha dormido bem.

— Oh, pessimamente! Não preguei olho em toda a noite! Só Deus sabe o que havia na cama, mas senti uma coisa dura que me encheu de nódoas negras. Foi horrível.

Então ficaram com a certeza de terem encontrado uma princesa verdadeira, pois ela tinha sentido a ervilha através de vinte edredões e vinte colchões. Só uma princesa verdadeira podia ser tão sensível.

Então o príncipe casou com ela; não precisava procurar mais.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Contagem regressiva

Parte da festa começa hoje, com Nathylda chegando.

Até sábado a farra estará completa.

Casa arrumada, plantas e flores por todo lado e muita animação pela frente.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Multiplus

Às vezes sinto que estou em vários lugares.

No meu apartamento, em que tudo tem um pouco da minha história, como a máscara de Veneza que minha irmã trouxe para mim em 98, na bandeja com que fiquei sonhando no Rio Design e consegui comprar depois de meses, em Catarina, minha estátua de barro vinda de férias maravilhosas de Aracaju, em Camila, a girafa de madeira que é alagoana, nos meus móveis de Gravatá, na toalha de mesa de Recife, no peso de papel que comprei em Tampa, nos quadros de reproduções de Monet que vieram do Met de NY, das minhas canecas e fotos e bilhetes que não consigo jogar fora. E nos cartões postais do Guto que enfeitam minha geladeira e me fazem sorrir sempre que passo por ela.

Há tempos fiquei avaliando que no Orkut (já tão fora de moda...)também sou eu, nos vídeos e comunidades e depoimentos. Um rastro público de mim mesma, uma digital digitalizada. Porque quem entra lá sabe que sou viciada em cafeína, amo U2, gosto muito de Norah Jones, de Loreena Mckennit, que já estive em Ushuaia, em El Calafate, que já morei em Andorinhas, que penso demais na vida e que não vivo sem o Google. Que sou carola, já que gosto de Santo Antonio e amo Nossa Senhora, não importando aqui a concepção que tenha deles. Que eu adoro o Natal e amo muito meus amigos. Essa sou eu, com quase todas as letras.

É engraçado pensar em como nos projetamos e como somos vistos. Ego, super-ego e alter-ego deviam conviver melhor, mas às vezes geram confusão em nós mesmos. Ainda estranho a percepção que os outros tem de mim, Não discuto, tento entender, já que os filtros, como disse um amigo, são diferentes para cada um. E leva tempo e esforço para aceitar com serenidade os julgamentos.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Don´t you shiver?

On and on,
From the moment I wake,
To the moment I sleep,
I'll be there by your side,
Just you try and stop me,
I'll be waiting in line,
Just to see if you care

Oh, did you want me to change?
Well I'd change for good,
And I want you to know that you'll always get your way
And I wanted to say

Don't you shiver


Estou indo logo ali me jogar e já volto.

Windows Media Medium

Hoje passei o dia ouvindo música no note, dada a quantidade absurda de música que tenho agora no HD.

Você pede um suffle pro Windows Media Player e ele entra com a seguinte sequência:

- Try a little tenderness - Com a Cassia Eller (!)
- Relicário - Ela de novo, com o ruivo
- Eu preciso dizer que te amo - Bebel Gilberto e Cazuza (que tocou duas vezes!!!)

Ei, tem alguém aqui dentro?

Eu, heim...

Em off

Poisé...

Meu mini modem deu pau e estou sem me conectar há dias. Agora estou aqui de favor pela caridade da amizade hahahahaha.

Enfim, na sexta participei de uma reunião de que durou seis (sim, está certo) horas. Jesus, Maria e José, como pode um cabrito virar bode? Eu estava com sinusite, enjoada e se tivesse um único desejo naquele momento era o de desaparecer daquela sala. Porém, sobrevivi e cheguei às seis da tarde no Rio, indo para a cama logo em seguida por algumas horas.

Ontem teve aniver do meu sobrinho fofo que ganhou um cd do John Mayer como processo de adestramento do ouvido dele, tal como fizeram comigo na adolescência. ;-) Costela do Outback, bolo de chocolate, risadas e risadas e várias fotos lindas.

No sábado de manhã e hoje durante todo o dia e até dez da noite o ritmo foi de arrumação do ap para receber os amigos no fim de semana. Está ficando tudo tão lindinho... A primeira amiga chega na quarta, dois outros na tarde de quinta e o meuamigocantor chega na madrugada de sexta. A farra vai ser grande, com direito a violão, cantoria, dvd´s, debates (tweet or not tweet, Frejat x Cazuza) e muita alegria. Não vejo a hora...

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Love's A Game

Oh, maybe I think maybe I don't
Maybe I will maybe I won't
Find my way this time
I hear you're calling me soon
One of these days
Some of these days, and somebody pays
It happens all the time
I'll be leaving, believing you wanted me to

And maybe I'm a fool for walking in line
And maybe I should try to lead this time
I'm an honest mistake that you made
Did you mean to?
Did you mean?
Oh, did you mean?

Love is just a game
Broken all the same
And I will get over you
Love is just a lie
Happens all the time
Swear I know this much is true


The magic numbers

Estou indo ali no From the Galley me embebedar e já volto.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Silly girl



Está decidido que vou ficar assim dia e noite por umas duas semanas até os meus sentimentos de idiotice profunda e letargia mental passarem.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Em Guarulhos...

após sair de Congonhas às 21: 50 h, com uma hora de atraso, ficar rodando e rodando e rodando, voltar para São Paulo e saber que vai pegar um vôo à uma da manhã para o Rio, pousando no Galeão, obviamente.

Eis que me encontro na sala de embarque com uma dúzia de crianças gritando, totalmente fora de controle. É permitido achar Herodes natural, como na música?

E eu nem tenho um violão...

domingo, 18 de outubro de 2009

Floppy, o palhaço



Tenho medo de palhaços, não gosto de anão, acho macacos muito estranhos e fico agoniada perto deles.

E não é que não sou maluca sozinha?

Só uma observação, segundo o Blue Man Group, o símbolo do heavy metal é oriundo de Floppy, o Palhaço do Banjo. :-)

Metralhas



- Então, é que não estou indo para Caragua...
- Pois é, também tô chegando na quarta, e não na sexta...

Sensacional!

Feeling strangely fine

That´s it.

That´s me in these days.

sábado, 17 de outubro de 2009

In the end...

...the love you take is equal to the love you make.

John & Paul

Sim, eu acredito piamente.

É o que me interessa

A lógica do vento
O caos do pensamento
A paz na solidão
A órbita do tempo
A pausa do retrato
A voz da intuição
A curva do universo
A fórmula do acaso
O alcance da promessa
O salto do desejo
O agora e o infinito
Só o que me interessa


Mais de Lenine

Abbey Road


Uma da manhã e estou aqui, na paz da minha sala no Recreio ouvindo Abbey Road.

Domingo passado recebi algumas músicas de presente e, dentre elas, estava este álbum, que está fazendo 40 anos mais atual do que nunca.

E que me faz lembrar, obviamente, da Clau, que me ensinou a treinar o ouvido e a amar Beatles.

Daria para falar de todas as músicas aqui, mas por favor, o que é a sequência de Golden Slumbers e Carry that weight?

Once there was a way to get back homeward
Once there was a way to get back home
Sleep pretty darling do not cry
And I will sing a lullabye


e depois

I never give you my pillow
I only send you my invitation
And in the middle of the celebrations, I break down


Because e You don´t give your money me transportam para uma sala de tacos paulistas e janelas de guilhotina, onde fui feliz e sabia.

Isso não vai envelhecer nunca. Não dentro de mim.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Por Geraldinho

O ciúme lançou sua flecha preta e se viu ferido justo na garganta
Quem nem alegre, nem triste, nem poeta
Entre Petrolina e Juazeiro canta.

De Caetano

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Como uma festa

No fim do mês recebo alguns amigos em casa, como disse aqui antes. Aproveitei para dar uma boa arrumada no apartamento, que há muito precisava da minha atenção e estava relegado à quinquagésimo nono plano.

Pois agora terá uma cama box para os hóspedes, com edredom de penas e almofadas deliciosas, CD´s e DVD´s devidamente organizados e nenhuma caixa no chão do quarto.
Isso entre outros pequenos detalhes.

Confesso que estou adorando o processo, que é para mim como programar uma festa. Na verdade, vai ser um evento dos mais divertidos. E o caminho está sendo uma delícia :-)

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Twitter

Passei a tarde dando risada de private jokes no Twitter.

Será que agora descobri a real utilidade disso? Um msn público?

Ri tanto que achei que este tinha sido o peixe que comi no almoço:

terça-feira, 13 de outubro de 2009

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

De volta à programação normal

Estou de volta, com as ótimas lembranças de um feriado perfeito.

Porque teve almoço na casa da Monica com a família dela que eu adoro, depois encontro com uma ótima companhia, reunião de 09 (isso, nove) horas na casa da Naty, vinho, vinho, vinho, Alphaiate, Secreto Carmenere, mais da ótima companhia, almoço regado a peixe e camarão, cocada recheada e Lenine no som no regresso.

Leve e feliz. :-)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Estou indo

logo ali e já volto.

Tem champagne na geladeira.

Cuidem-se bem.

Chove chuva

Chove torrencialmente há dois dias no Rio de Janeiro, o que estragou meu cabelo e algumas unhas, deteriorando assim parte do processo de desembarangamento em que entrei na semana. Tudo bem, sou resistente. Fui lá no salão e ajeitei tudo. Nada poderá me deter :-)

O termo "desembarangar" veio do Blogjog, em que uma amiga escreve e que vale muito a pena ler!

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

The knot

Minha amiga querida vai casar. Numa cerimônia singela, de manhã, no lugar que sempre quis.

E eu estou feliz porque a alegria dela é um dos meus sinceros desejos, pois ela é uma das irmãs que escolhi.

Ela, que é sábia e me orienta com conselhos para toda a vida. Que sabe dos caminhos errados que já escolhi, segura a minha mão e me abraça no retorno.

Que me encoraja a viver a vida com intensidade e paixão, para ter sempre algo de bom do que se lembrar.

Amo você, amiga.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sushis e sashimis

Ri sozinha comendo wasabi. Ninguém entendeu nada :-)

Sobre a relatividade do tempo

- Sabe que eu nem me dei conta de que tinha se passado dois meses?
- Pois é, mas eu me dei...

E a frase abaixo foi repetida algumas vezes durante a noite. Porque como disse o meu amigo, são as nossas escolhas que mostram quem nós somos. Porém, é muito mais simples colocar a culpa no tempo, nos acontecimentos ou em outros alguéns, dado que assumir a responsabilidade pelos nossos próprios atos pesa muito mais. E quase ninguém é capaz de suportar este fardo.

Só vale lembrar que...

"A vida não é uma sequência de ocorrências e sim um acúmulo de decisões."
(MP)

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Porque o mundo gira rápido

E desta vez eu vi rodar.

Numa ciranda de desencontros, medos e perda de fé.

Por sorte, o ciclo encaminhou para um mundo de amizade, afinidade e alegria.

Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira pra lá
Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda peão
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração

Chico Buarque

domingo, 4 de outubro de 2009

Os dias de agora

Confesso que os dias não estão mais estranhos...

Que eu estou mais feliz e calma e entendendo que tudo tem seu tempo, se realmente for para acontecer.

Que a única certeza de que tenho é que não deixei passar as oportunidades.

Porque estou tentando aproveitar o caminho, como orientado a Ulisses, sem fazer com que a angústia me abrace.

sábado, 3 de outubro de 2009

Sobre a saudade

A saudade é a nossa alma dizendo para onde ela quer voltar.

Rubem Alves

Lindo, não? Melhor que isso só saber que alguém tem saudade de você...

O Caminho



Li há uns meses atrás este texto da Fernanda Torres, que me surpreende sempre com as ideias dela.


Não li a Odisseia. Tenho mais de uma tradução em casa, mas morro de medo de encarar uma obra desse calibre. Tanto com Homero quanto com Dante e Camões, o máximo que consigo fazer é abrir uma página aqui, outra ali, para fechar em seguida, transferindo para a próxima encarnação a tarefa de dar conta de tamanho petardo. Por se tratar de uma compilação de lendas do Mediterrâneo, mar onde nasceu, com a Grécia, a civilização ocidental, não conheço ninguém que já não tenha ouvido falar do Ciclope, de Calipso ou do errante Ulisses. Minha bisavó Maria, nascida na Sardenha, costumava narrar trechos inteiros da Odisseia para a minha mãe como se fossem o causo da Mula sem Cabeça ou do Curupira. E são. Minha bisavó era analfabeta e morreu sem saber de Homero, mas, naturalmente, dava continuidade à oralidade das lendas que o autor resolveu, em um remoto dia, botar no papel.

Há uns sete anos comprei para meu filho uma minissérie sobre a Odisseia produzida para a TV francesa. Foi uma tentativa de fazer o Olimpo disputar com os Power Rangers o imaginário da cabeça do moleque. Funcionou. Meu guri ficou impressionadíssimo com a soberba de Ulisses ao bradar que havia vencido a Guerra de Troia graças apenas a sua esperteza humana, e mais espantado ainda com o castigo que Posêidon lhe impingiu, condenando-o a vagar por anos e anos pelos mares bravios, longe de sua idolatrada Ítaca.

Pois devo admitir que essa série da TV francesa me apresentou a uma das passagens mais tocantes da Odisseia: depois de passar cinco anos, que lhe pareceram cinco dias, na companhia de Circe, feiticeira com o mau costume de transformar homens em porcos, Ulisses descobre que, se descer ao mundo dos mortos, o infernal Hades, Tirésias, o adivinho, lhe dirá como – e se – retornará para casa. Ele enfrenta os vapores de enxofre do mundo abissal, encontra a mãe que nem sabia estar morta, passa pelo panteão de guerreiros gregos e por boa parte dos personagens das tragédias gregas até dar com o velho Tirésias. Este, ao perceber a ansiedade do herói por encerrar sua viagem e rever a mulher e o filho, ironiza: "Você ainda não entendeu, Ulisses? A vida é o caminho".

Essa frase me acordou como um balde de água fria. Todas as vezes que me vejo assassinando meu tempo, desejosa de alcançar um objetivo que insiste em se projetar no futuro, lembro de Tirésias na minissérie da TV francesa e tento fazer jus à poderosa conclusão de que a vida é o caminho.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

As palavras tem poder

Sim, no caso o poder de me deixar vermelha de tão desconcertada e sem saber o que pensar. Estou há horas sentindo o rosto fervendo.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Outubro II

Tem o feriado de 12 de outubro onde vou encontrar amigos queridos, beber um carménère chique, ouvir violao e cantar junto e dar muita risada.

E no fim do mês o Recreio vai ser a sede das pessoas mais animadas do Recife. Prometo lasagna de queijo coalho, pudim de leite, noitada na Lapa, choppes no Devassa e mais risadas ainda.

Outubro

Ah, esse mês promete...

:-)

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

The Good Guy Contract - By Alex Lickerman

Segue a íntegra do texto. É grande, em inglês, mas vale a pena.

The Good Guy Contract
Posted by Alex Lickerman

Twenty years ago, the first woman I ever loved broke my heart. Like many break ups, the end came in stutters and sine waves rather than as an abrupt but mercifully irreversible amputation. However, for reasons I couldn’t understand yet quickly began to resent, my ex-girlfriend continued to ask favors of me. And I continued to grant them.

Then one morning while chanting I found myself ruminating about how inappropriate it was of her to keep asking, and the more I thought about it, the more irritated I became. My indignation continued to intensify after I’d finished chanting and began showering, finally reaching a peak as I rinsed the shampoo from my hair, causing me to make a sudden and angry determination that the next time she asked me for a favor, I’d refuse.

At that exact moment, the phone rang.

I knew it was her calling—and sure enough, after I’d finished showering, one of my roommates confirmed it and added that she’d asked that I call her back before I left for school.

As I walked toward the phone I told myself that when she asked me for the favor for which I knew she’d called, I’d refuse. I called her up, and—sure enough—she asked me if I would record a television show for her on my VCR (again, this was 20 years ago). In my mind I said, “No.” But then I heard my mouth say, “Yes.”

I hung up—and laughed out loud. I was as powerless to refuse her a favor as I was to run through a brick wall. Literally.

So I decided to begin chanting with the determination to free myself from my inability to refuse her favors. And one day, months later, while chanting, I had an epiphany. The reason I remained unable to refuse her requests was that I’d established a Good Guy Contract with her.

Until that moment of epiphany, I had no idea what a Good Guy Contract was, much less that it was the standard contract I consistently signed with almost everyone in my life. But in that startling moment of clarity I understood not only what it was but why I kept signing it: my self-esteem, which I’d previously believed to be built on things solely internal, was in fact entirely dependent on something external—the good will of others. The Good Guy Contract was simple: I would agree to be nice to you, to advise you, to sacrifice for you, to care about you—and in return you would agree to believe that I was wise, compassionate, excellent as a human being in every way, and finally and most importantly, you would like me.

This was the contract I’d signed with my ex-girlfriend, the only difference being I didn’t just expect to be liked; I expected to be loved. And for a while, I was. Unfortunately once I’d had a taste of that love, it became my ego’s addiction, and when she took it away from me I became profoundly depressed—not because, as I originally thought, I’d been left by someone I thought was the love of my life, but because I genuinely believed without that someone I couldn’t be happy. Why, then, did I keep doing favors for her after we’d broken up? Because I couldn’t shake the Good Guy habit. Some part of me believed if I continued to fulfill my contractual obligations to her, she’d start fulfilling hers again to me. To say I was shocked to discover my self-esteem had been built on such shaky ground would be an understatement.

I didn’t realize at the time, but at the moment I had the epiphany about my propensity to sign Good Guy Contracts with everyone in my life, I stopped doing it. This was proven to me three months later when my best friend came to me asking me why I had recently become such a jerk to all my friends. My first reaction was to become defensive and deny it. But then I stopped myself, realizing that he was absolutely right. I began to wonder why I had in fact become so dismissive of so many of my friends and realized that I’d somehow stopped needing their approval to sustain my self-esteem and had somehow torn up all the Good Guy Contracts I’d signed with them. I’d somehow discovered a way to love and value myself without feeding off the love and esteem of anyone else. And most fascinating of all, without my ever discussing this with my ex-girlfriend, she never asked me for another favor again.
THE BENEFIT OF TEARING UP THE GOOD GUY CONTRACT

I’m not arguing there’s anything wrong with wanting to be liked. Nor am I saying I no longer care if I’m liked or not. What I am saying is that in freeing myself from the need to be liked—in learning to derive my self-esteem from internal support—I can more easily let go of the dissonance that (still) occurs when I’m disliked. Ridding myself of the need to sign Good Guy Contracts has brought me tremendous benefits, including enabling me to:

1. Stop suffering when people don’t like me. I can’t control how others respond to me, and being freed of the need to write Good Guy Contracts has freed me of the need to try to influence others to like me as well—which has freed up an unbelievable amount of my time.
2. Become an effective leader. If your primary concern is to please everyone, you won’t be able to make good decisions for the right reasons. I could never have taken on the leadership roles I have had I not eliminated my need to be a People Pleaser (another name for a Good Guy).
3. Establish more genuine friendships—friendships based on mutual interest, free of the underlying agenda in which I would use the goodwill of another to support my self-esteem.
4. Be compassionate. Freed of the need to be liked, I can now contemplate compassionate action motivated only by the desire to add to the happiness of another person and not by the imperative to sustain my self-esteem, which makes it far more likely my actions will be wisely compassionate as I discussed in a previous post, What Compassion Is.
5. Avoid explosive expressions of pent up resentment. Being unable to say no leads to resentment toward oneself that often gets projected onto others but that’s paradoxically rarely expressed (becoming angry at someone would violate the terms of the Good Guy Contract)—until it builds up to the point where it must be expressed and then often becomes so in explosive and damaging ways.
6. Avoid feeling overwhelmed by too much responsibility. What a relief it’s been to be able to own what’s mine and not what belongs to others.

HOW TO TEAR UP THE GOOD GUY CONTRACT

People sign Good Guy Contracts all the time. It’s especially common in younger people, less so as people mature naturally into independence. Yet it persists in many—as I believe it would have in me had I not confronted the suffering my signing a Good Guy Contract with my ex-girlfriend caused me.

If you’re a chronic People Pleaser who can’t stand to disappoint others when disappointing them is appropriate, then you have a great opportunity to become happier. First, how can you confirm that you sign Good Guy Contracts in your relationships (both romantic and platonic)? Try asking yourself the following questions:

1. When you disappoint someone, anger them, or cause them in some way to dislike you, does it create disproportionate anxiety for you?
2. Do you have difficulty enduring even a mild degree of conflict with others?
3. Do you become obsessed with manipulating how others feel about you?
4. Are your actions predominantly motivated by how they’ll cause others to view you?

If so, these are reasonably good indicators you’re working too hard to be a Good Guy.

What, then, can you do to stop? Other than taking up the practice of Nichiren Buddhism, the most effective method I’ve found is to practice disappointing people. That is, when disappointing someone is genuinely necessary, I approach it as practice for developing my self-esteem. If I fail, that’s fine. After all, it was only practice. I get back up, dust myself off, and make a determination to try again next time, reminding myself as I do so that violating the Good Guy Contract and setting appropriate boundaries doesn’t usually lead to being disliked as we People Pleasers fear, but rather to being respected.

In all honesty, even now, two decades later, I sometimes still feel the tug of the need to please. Though the wisdom I activated all those years ago has never stopped functioning in my life, sometimes it functions less strongly than others, depending on my life-condition. Sometimes I still have to remind myself consciously not to be overly affected by the opinions of others. But the ability to let go of my need to be liked, even if it sometimes requires conscious effort, is one of the greatest bits of human revolution I’ve ever accomplished and absolutely worth every bit of suffering it required.

Andrea´s good girl contracts

Outro dia minha amiga me mandou um texto sobre a incapacidade de dizer não que uma criatura possuía e que podemos adaptá-lo para "The good girl contract". Ou seja, um contrato mental em que alguém se compromete em ser sempre legal com outra determinada pessoa. A nunca dizer não. E fazer todos os favores. E sugada. E usada. E vampirizada.

Rasguei há algum tempo um de meus contratos. Mas os pedaços parecem conhecer uns aos outros e tentam se juntar. Pois ontem eu queimei. Simples assim. Porque não suporto intimidades forçadas ou tentativas de resgates de amizade que acabaram há muito tempo.

Eu decido quem deve ser meu amigo ou não. Isso é o tipo de situação em que não adianta forçar uma barra.

E o contrato virou pó.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Último romance ou sobre a afinidade

"e ninguém dirá que é tarde demais... o nosso amor a gente é quem sabe"

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.


Artur da Távola

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

domingo, 27 de setembro de 2009

Viver não é para principiantes...

Sempre digo isso... A vida é difícil e só as experiências nos fazem entender e aceitar certas coisas. Assim como encontrar forças para estar ao lado de quem precisa em uma situação dolorosa.

Estou triste pela minha amiga, mas ela é o meu exemplo de força e equilíbrio em forma de mulher da minha geração. Ela vai ficar bem.

sábado, 26 de setembro de 2009

Perdas

Hoje faleceu o pai de uma das minhas melhores amigas. O sentimento de impotência nessas horas é gigante, sei bem como é.

Acho que nunca vou conseguir aceitar a morte. Para mim é sempre uma brutalidade.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Porque ela teve o privilégio de nascer na primavera

Irmã adorada, parabéns mais uma vez!

Amo você!

A distração e a felicidade

Ontem foi um dia muito, muito esquisito.

Começou com uma reunião de trabalho ótima com um amigo participando. O dia surgiu estranho com um almoço tenso seguido de uma tarde bizarra no trabalho que colocou meu mal humor nas alturas.

Daí que jantei com dois amigos que Deus colocou no caminho para me fazer mais feliz e vim para casa com o espírito leve, leve.

E tive uma ótima surpresa já bem tarde...

Naty está 100% certa: É preciso estar distraída para ser feliz...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Não consigo parar de planejar...

O próximo feriado, o 02 de novembro, o Ano Novo, meu aniversário do ano que vem...

Uma fanática por festas e viagens :-)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Saudade de Aracaju

Eis que ontem quatro forasteiros se encontraram para jantar em São Paulo: eu, do Rio, Lili, baiana, Meuamigobarbapapa, sergipano e J., do Paraná.

Ri horas a fio com as histórias hilárias de quando morei em Aracaju e das férias que passei por duas vezes com tanto gosto.

Fui morar na cidade por interesses meramente profissionais, porque era muito conveniente trabalhar na loja de lá que tinha uma ótima perspectiva de crescimento. E eu queria sair de Recife, não pela cidade, que amo de paixao, mas justamente por conta do trabalho.

Estava lá com o simples objetivo de fazer um bom trabalho, ganhar dinheiro e conseguir minha transferência para o Rio. Só isso. Mas fiz tantas amizades que o meu coração se partiu quando recebi a ligação do diretor dizendo que sim, ele havia conseguido uma vaga para mim. Chorei um dia inteiro...

Morro de saudades de todos os amigos, dos almoços e jantares no meu apartamento lindo e gigante e sem móveis :-), das festas e do espírito de família com que fui recebida.

E ontem, ao conversarmos, a amizade, dada tanta afinidade, realmente resiste ao tempo e à distância e aos acontecimentos, de modo que parecia não termos nos visto somente desde ontem.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

O Terminal II

Como Rainha das Marmotas do ano, eu decidi vir ontem para São Paulo pois tinha uma reunião importante hoje pela manhã e não podia me atrasar.

Daí que o voo que era para sair às 20:40 h do Santos Dumont rumo a Congonhas saiu do Galeão rumo a Guarulhos meia noite e dez.

De modo que cheguei em São Paulo às duas e meia da manhã de hoje. O mais engraçado é que nada disso me irritou muito. O fato é que a cabeça está com tanta informação e lembrança e sentimento que não prestei muita atenção no que estava ocorrendo e simplesmente cheguei ao hotel como se nada houvesse acontecido. Definitivamente não havia espaço para irritação...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Porque eu me comportei muito bem no sábado...

eu mereço ouvir The Killers bem alto:

Pay my respects to grace and virtue
Send my condolences to good
Give my regards to soul and romance,
They always did the best they could
And so long to devotion
You taught me everything I know
Wave goodbye
Wish me well..
You've gotta let me go

Confesso que mudei...

Ontem fui almoçar a passei a tarde em Niterói. Fiz a travessia de catamarã, numa dia lindo de céu azul.

Aquela comidinha maravilhosa e papo vai, papo vem, minha mãe fala:

- Estou impressionada como você mudou... Você era tão chata, tão exigente, intransigente... Minha filha, estou tão feliz por você!

Porque mudei mesmo. A vida ensina e a gente tem que aprender rápido.

domingo, 20 de setembro de 2009

Bar do Mineiro

Ontem à tarde fui no Bar do Mineiro em Santa Tereza, em um dos eventos da Semana.Cachaça. Boteco pitoresco, com a cara do Rio, com amigos dando muita risada tomando caldinho de feijão e comendo aipim cozido com manteiga de garrafa.

No fundo do bar tinha essa placa sensacional:

sábado, 19 de setembro de 2009

Mais viciada em música do que nunca

Ando baixando muitas músicas e descobrindo maravilhas que não conhecia, como o Jeff Buckley. O rapaz talentosíssimo nos deixou aos trinta anos, mas nos premiou com Grace, um album magnífico.

Irmã, preciso mesmo de um HD externo :-)

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Os dias estão simplesmente lotados



Estou ocupada. Muito, muito, muito. Milhões de atividades no trabalho, tentando manter a concentração para aumentar a produtividade, algumas vezes sem sucesso. But trying hard!

Ontem teve Blue Man Group, hoje tem aniver de amigos com Samba, amanhã de tarde tem Santa Tereza e de noite o aniver de outro amigo na Barra.

A alma está tranquila, a mente mais quieta e algumas peças do quebra-cabeças começam a aparecer.

Por sorte ou destino não sou psicóloga e sim engenheira, pois as minhas percepções sobre as atitudes dos outros na maioria das vezes não correspondem à realidade dos fatos. Acho que isso acontece porque simplesmente não reparo muito nas pessoas e fico míope quando quero aprofundar minha observação.

Por sorte - ou destino? - eu estava errada.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Paisagens



Amo São Paulo. De coração.

Mas nada supera a vista do 19o andar de um edifício de frente para a Praia do Flamengo...

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Praia dos Carneiros



Está decidido: quando eu voltar a Pernambuco, quero conhecer este lugar.

Adorei o texto do Ricardo Freire. A foto de cima é do blog dele.

Só para simplificar as coisas...

Eu dormi somente às quatro da manhã e desta vez não foi insônia.

Muito feliz porque o mundo é plano...

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Land of confusion

Ando confusa. Sou confusa. Desde quando, meu Deus? Eu costumava ser tão decidida, resolvida, direcionada, focada. Onde foi que perdi o rumo?

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Reveillon

Eu tenho sonhado em dormir até o dia 31/12, acordar às 23:55 h na Avenida Atlântica com uma taça de Moët et Chandon na mão, usando uma blusa branca de frente única, o cabelo penteado e preso e com o estrangeiro ao meu lado.

Sei que é pedir demais...

Em alguns dias...

eu acho que sou a pessoa mais insuportável do mundo.

Mas em outros eu realmente tenho certeza...

domingo, 13 de setembro de 2009

2 meses

Hoje faz dois meses que tomei a segunda maior iniciativa do ano. A primeira foi pedir demissão do meu antigo trabalho (hohoho). Não posso reclamar de nenhuma das duas. Em ambas a fase inicial foi de inquietação, mas agora estou muito segura. Porque a gente tem que lidar com a vida de forma muito clara.

13 de setembro

Hoje é aniversário do meu tio amado que nos deixou há quase vinte anos atrás. Que me trazia as roupas mais lindas do mundo de presente, me chamava de Biluca (até hoje ninguém sabe por que :-)) e que me inspira até hoje com a sua inteligência,seu senso de humor peculiar e seu jeito de aproveitar tudo da vida. Morro de saudade dele.

sábado, 12 de setembro de 2009

Most of the time

Tenho ouvido muito Bob Dylan. Adoro Hurricane, que conta uma história verídica de um lutador de box que foi condenado por homícídio injustamente por puro preconceito.

E agora descobri Most of the time, para total delícia da minha alma:

Most of the time
I'm clear focused all around,
Most of the time
I can keep both feet on the ground,
I can follow the path, I can read the signs,
Stay right with it, when the road unwinds,
I can handle whatever I stumble upon,
I don't even notice she's gone,
Most of the time.

Most of the time
It's well understood,
Most of the time
I wouldn't change it if I could,
I can't make it all match up, I can hold my own,
I can deal with the situation right down to the bone,
I can survive, I can endure
And I don't even think about her
Most of the time.

Most of the time
My head is on straight,
Most of the time
I'm strong enough not to hate.
I don't build up illusion 'till it makes me sick,
I ain't afraid of confusion no matter how thick
I can smile in the face of mankind.
Don't even remember what her lips felt like on mine
Most of the time.

Most of the time
She ain't even in my mind,
I wouldn't know her if I saw her
She's that far behind.
Most of the time
I can't even be sure
If she was ever with me
Or if I was with her.

Most of the time
I'm halfway content,
Most of the time
I know exactly where I went,
I don't cheat on myself, I don't run and hide,
Hide from the feelings, that are buried inside,
I don't compromised and I don't pretend,
I don't even care if I ever see her again
Most of the time.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Neil Gailman

Eu já tive um outro blog, que, inadvertidamente deixei morrer e sofro muito de arrependimento por isso. Mas enfim, naquela época em 2003, conheci o Euteamoblog, da Kamille Viola, que escreve divinamente bem e também publica textos de outros autores maravilhosos.

Lá que conheci o Neil Gaiman:

Amor... Você já amou? Horrível, não? Você fica tão vulnerável. O peito se abre e o coração também. Desse jeito qualquer um pode entrar e bagunçar tudo. Você ergue todas essas defesas. Constrói essa armadura inteira, durante anos, pra que nada possa te causar mal. Aí, uma pessoa idiota, igualzinha a qualquer outra, entra em sua vida idiota. Você dá a essa pessoa um pedaço seu. E ela nem pediu. Um dia, ela faz alguma coisa idiota como beijar você ou sorrir e, de repente, sua vida não lhe pertence mais. O amor faz reféns. Ele entra em você. Devora tudo que é seu e te deixa chorando no escuro. Por isso, uma simples frase como "talvez a gente devesse ser apenas amigos" ou "muito perspicaz" vira estilhaços de vidro rasgando seu coração. Dói. Não só na imaginação ou na mente. É uma dor na alma, no corpo, uma verdadeira dor que entra-em-você-e-destroça-por-dentro. Nada devia ser assim. Principalmente amor. Odeio amor.

Melhor impossível.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Terminal

Eu viajo para São Paulo praticamente toda semana há mais de cinco anos e acabo conhecendo o povo das companhias aéreas. Semana passada fui no balcão para conferir meu web check-in e o funcionário que lá estava normalmente ficava no atendimento comum.

Eu:
- Oi, você tá por aqui agora (entregando o papel do check-in).
Ele:
- Pois é, agora fico no web check-in também.
Eu:
- É mais tranquilo, né? (com a identidade na mão)
Ele:
- Ah, não precisa da identidade, Andréa.

Fiquei estarrecida...

Sobre cordeiros e lobos

"Então é assim, já vi isso acontecer três vezes...
O cordeiro vem, todo bonzinho, fofinho, branquinho, dizendo que você pode fazer o que quer, que está tudo bem...
Você se empolga, acha que é dono do pedaço, faz mil planos...
E de repente, você vê o rabo enorme abanando, o focinho comprido, os dentes afiados... E percebe que o lobo estava ali o tempo todo disfarçado"
Fábula de La Espíndola

- Pô Andréa, assim vou ter pesadelo a noite toda! :-):-):-):-):-):-)

terça-feira, 8 de setembro de 2009

E ele faz o que?

Não sou de ficar falando da minha vida pessoal. Mesmo com os meus amigos, sou seletiva nos assuntos, alguns sabem de algumas coisas, outros não e por aí vai.

Eis que comento,um tempo atrás,com alguns que sim, tinha conhecido um cara incrível.

Vamos lá: eu disse hoje mesmo. Eu amo meus amigos. Mas sinceramente isso me assustou.

Contei a história para três pessoas. Duas me perguntaram: E ele faz o que?

Como assim? Ele é bonito, inteligente, engraçado, interessante. Não quero saber quanto ele ganha. Até porque vivo sozinha há quase uma década muito bem obrigada, sem depender de grana nenhuma de homem algum.

Pensei em dar respostas como: Ah, ele é michê! Ou: Ele é um traficante muito bem sucedido. Ou ainda: Então, ele largou tudo para se dedicar ao ballet contemporâneo.

Porque francamente, eu não tenho a menor ideia de onde os namorados, maridos e outras denominações das minhas amigas trabalham, ou o que fazem para ganhar dinheiro, se sequer trabalham... Todas as informações que tenho são de conversas em reuniões onde cada um acaba falando da vida profissional e você troca umas ideias sobre qualquer coisa que tenha afinidade.

Será que chegamos a esse ponto de verdade? Fiquei muito impressionada.

Sei que estou uns dez anos atrasada, mas...

estou adorando Placebo.

Like the naked leads the blind
I know I'm selfish, I'm unkind
Sucker love I always find,
Someone to bruise and leave behind

All alone in space and time
There's nothing here but what here's mine
Something borrowed, something blue
Every me and every you.

Every me and every you,
Every me...he

Friends

Sempre digo que tenho muita sorte. Porque tenho os melhores amigos do mundo, que são acolhedores, verdadeiros, honestos e cheios de amor no coração.

Por isso, depois de comer pizza com a Cris, amiga que já me aguentou até em Nova York, quando fiz talvez a melhor viagem da minha vida, eu nem me aborreci tanto com o fdp que me fechou de bicicleta e me causou um mega tombo...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sobre o conhecimento

Às vezes eu passo por esse tipo de angústia.

Na terça-feira estava esperando uma amiga para jantar na Livraria da Travessa de Ipanema. Enorme, linda, repleta de conhecimento me esperando. E em alguns momentos como esse, fico parada, sem imaginar por onde começar.

Mandei uma mensagem para um amigo que dizia mais ou menos assim: "Quanto tempo se leva para ler tudo que se quer? Quando eu ganhar todo aquele dinheiro de vários dígitos vou comprar uma livraria."

É fato que se eu tivesse que abrir alguma coisa, certamente seria um lugar repleto de livros e sonhos. Mas será que eu preciso esperar para buscar esse conhecimento que anseio? Porque nesses tempos de internet (e eu sou mega heavy-user), quanto tempo se derperdiça em detrimento de uma boa leitura? Falo isso por mim, sem pretensão de julgar o que cada um faz com o seu tempo.

E na quinta, quando volto de São Paulo e chego na minha mãe, fico mais uma vez encantada com o acervo que ela conquistou com a compra da casa que mora, já que os antigos donos simplesmente deixaram tudo para trás.

Saí de lá com "O livro do Riso e do Esquecimento", do Milan Kudera, autor preferido do destinatário da mensagem de texto antes citada e que foi a mim recomendado.

E ainda tenho uma lista para pegar la: A montanha mágica, do Thomas Mahn, vários do Gabriel Garcia Marquez, Proust e por aí vai.

Porque ainda tenho muito a fazer por mim...

About life

"Não nascemos para viver em um vale, só isso! Nossos horizontes são MUITO maiores!"

Porque ela é tudo mesmo...

An off buttom

Funciona assim para mim: Fico pensando e pensando e pensando e remoendo e indo até o meu limite para me ver livre de uma situação que me incomoda. Daí um belo dia eu acordo e pronto, acabou. Se foi. Ainda deixa umas marquinhas, mas já dá para lidar com elas.

domingo, 6 de setembro de 2009

High Fidelity

Assisti High Fidelity na sexta, filme ótimo recomendado por um amigo.

Daí que o protagonista é dono de uma loja de discos e, obviamente, louco por música.

A trilha sonora é um capítulo à parte. Fiquei apaixonada por I believe, do Stevie Wonder, que não conhecia e é lindíssima.

Everybody's Gonna Be Happy (THE KINKS)
I'm Wrong Abbout Everything (JOHN WESLEY HARDING)
Oh Sweet Nuthin (THE VELVET UNDERGROUND)
Always See Your Face (LOVE)
Most Of The Time (BOB DYLAN)
Fallen For You (SHEILA NICHOLLS)
Dry The Rain (THE BETA BAND)
Shipbuitding (ELVIS COSTELLO & THE ATTRACTIONS)
Cold Blooded Old Times (SMOG)
Let's Get It On (JACK BLACK)
Lo Boob Oscillator (STEREOLAB)
Inside Game (ROYAL TRUX)
Who Loves The Sun (THE VELVET UNDERGROUND)
I Believe (STEVIE WONDER)



O que é muito engraçado é a mania dele (e dos loucos que trabalham com ele) de fazer Top 5 de músicas e de um monte de outras coisas...Inclusive a trama se desenrola através dos Top 5 Foras que o cara levou.

Pois ontem fui acometida novamente por insonia - algo me diz que peguei aquela doença do sono de Cem Anos de Solidão, mas ainda não tenho plena certeza.

E fiquei pensando em vários Top 5, como se fosse uma contagem de carneirinhos para me fazer pegar no sono. Ledo engano, fiquei mais acordada e queria levantar da cama e pegar papel e caneta para anotar minhas ideias malucas.

Segue um Top 5 Secret:

- Light and Day - Polyphonic Spree
- Why Georgia - John Mayer
- Secret Smile - Semisonic
- Stolen Away on 55th and 3rd - Dave Matthews
- Blackbird - Beatles

sábado, 5 de setembro de 2009

Ecletismo

Eu amo música. Principalmente rock, que foi a alma da minha adolescência. Mas sofri também várias outras influências e gosto de muitos outros gêneros.

Eis que ligo para um amigo para chamá-lo para ir a um show comigo no sábado:

- Vou te perguntar uma coisa, mas não pode me xingar.
- Fala.
- Você gosta de Geraldo Azevedo?
- Alô? Alô? Alô? Alô? Alô? Ah, acho que caiu a ligação...

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Cansaço

São nove da noite, estou no aeroporto de São Paulo sem previsão para embarcar, tomei um único chopp e fiquei meio bêbada, estou morta de cansaço porque ontem acordei antes das seis da manhã e não descansei direito e estou com vontade de jogar um buraco ACME no chão, entrar nele e ficar até a próxima terça-feira quando o feriado acaba.

Eu espero que seja só cansaço.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Life ´s short...

Na última quinta-feira eu estava em São Paulo e marquei de jantar com um grupo de amigos queridos. Meu amigo Barbapapa confirmou a presença e não apareceu. Mandei uma mensagem e ele não respondeu. O fato é que ele uma dessas pessoas certinhas, que confirmam e desconfirmam os compromissos, como se deve fazer e quase ninguém faz.

Daí que fiquei meio preocupada, mas acabei deixando passar, dado que estive num estágio de letargia mental nos últimos dias e ontem fui acometida por uma dor de garganta seguida de febre.

Eis que hoje de manhã, antes de sair para o trabalho, leio um email que ele me encaminhou ontem à noite, o qual me deixou com sentimentos tão adversos quanto intensos.

Uma amiga dele reencontrou com o primeiro namorado, após vinte anos e se reapaixonaram. Ele estava vindo de Curitiba para São Paulo para vê-la, quando sofreu um acidente. Ficou em coma por uns dias, acordou, falou para ela todas as coisas que queria e faleceu.

Meu Deus, como a vida pode ser assim? Como desperdiçamos tantas oportunidades, damos valor a tanta coisa irrelevante, deixamos o tempo escoar por entre os dedos de forma tão descabida?

Essa história me deu um choque tão grande que fiquei pensando em como preciso rever meus valores e seguir a vida de forma mais leve.

Porque como a minha irmã disse: A vida é curtinha, Mocrinha...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Não há quem mereça a insônia...

Vou deixar uma coisa muito clara. Eu NUNCA, JAMAIS tenho insônia.
Não há quase nada nesse mundo de meu Deus que me tire o sono.

Pois ontem, após uma tarde em que os pensamentos pareciam embaralhados como um quebra-cabeça e onde achei por bem guardar a caixa e dormir, eu me deitei perto de meia-noite e não conseguia pregar o olho.

E hoje estou aqui, carregando a caixa, hora fingindo que ela não existe, hora com desânimo de abrir, hora abrindo e sem saber por onde começar e fechando logo em seguida.

E morta de sono.

domingo, 30 de agosto de 2009

Fim do dia

Eu amo ficar sozinha. Mas hoje eu queria ter tido menos preguiça e ter ligado para alguém para me encontrar ou simplesmente bater papo no telefone.

Só que não consegui fazer nada disso. Fui dormir, cansada ainda da gandaia da semana passada. Acordei e fiquei jiboiando, pensando na vida, com uma pontinha de tristeza.

Porque hoje ela foi embora, minha amiga, confidente, companheira, que me ama incondicionalmente, mesmo sabendo de todos os meus erros e fraquezas. Ela que me ninou com Yesterday e me mostrou milhares das coisas com as quais construí minha vida. E que tem os valores do meu pai, de bondade e amizade infinitas.

Amo você, minha irmã.

sábado, 29 de agosto de 2009

Secret Garden




She'll let you in her house
If you come knockin' late at night
She'll let you in her mouth
If the words you say are right
If you pay the price
She'll let you deep inside
But there's a secret garden she hides

She'll let you in her car
To go drivin' round
She'll let you into the parts of herself
That'll bring you down
She'll let you in her heart
If you got a hammer and a vise
But into her secret garden, don't think twice

You've gone a million miles
How far'd you get
To that place where you can't remember
And you can't forget

She'll lead you down a path
There'll be tenderness in the air
She'll let you come just far enough
So you know she's really there
She'll look at you and smile
And her eyes will say
She's got a secret garden
Where everything you want
Where everything you need
Will always stay
A million miles away


Porque eu funciono assim.
Pareço tão aberta, com o meu jeito aparentemente tão simpática e disposta.
Só que no fundo também sou uma ostrinha.
E no meu coração tem um jardim secreto.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A flor de Agosto


Sabe, eu adoro azaléas. Na minha casa em Andorinhas havia um pé enorme que ficava carregada de flores e me enchia de poesia.

Na minha cabeça de pequena Maricota, as flores só apareceriam na primavera, em setembro. Mas aquela florzinha caprichosa sempre surgia maravilhosa antes de todas e com tanta vontade.

Eis que minhas primeiras aulas em uma escola foram no mês de agosto. Meu pai, orgulhoso e feliz, tirou várias fotos minhas de uniforme e lancheira do Sítio do Pica-pau-amarelo pelo jardim e em frente ao pé de azaléia, lotado de flores rosa vivo. Daí que esta imagem ficou associada para mim com a felicidade do começo, o prazer de celebrar pequenas vitórias e à minha infância feliz.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Sobre as bruxas

Bruxas normalmente só tem um filho - mais provável ser homem.
Não passam a vida sozinhas, mas também não tem um casamento da Barbie...
Não aturam certas coisas e os maridos naturamente se vão (ou são 'idos').
Os amigos são importantes fontes de risos e lágrimas.
O sucesso profissional só depende do quanto decidem sacrificar valores pessoais - a capacidade / habilidade / inteligência nunca é o problema. Normalmente não sacrificam tudo o tempo todo...
Há sempre anos sabáticos - para algumas mais cedo, outras mais tarde.
A intuição assusta porque os que não a tem pensam que é pura sorte.
A meditação e mentalização traz grandes benefícios, mas muitas optam por ser mais racionais e ignorá-los.
Normalmente conseguem o que chamam.
Possuem dotes ou hobies surpreendentes.
Convivem entre os trouxas como pessoas normais, mas se reconhecem num piscar de olhos.
Vivem muitos anos.
Incomodam os simples mortais.
Não gostam de anão de jardim.
Paixão maior pelo vinho do que pelo chocolate.
Se ajudam mutuamente.
Adoram tecnologia.
Tem curiosidade por conceitos de todas as religiões.
Se relacionam bem em qualquer classe social.
São gentis com quem merece.


Não é maravilhoso?
Minha amiga descreveu perfeitamente :-)

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Two Step

O tempo passou voando. Em dois meses eu conquistei outra oportunidade no trabalho, viajei para longe por duas vezes, encontrei uma amizade daquelas que parecem que sempre existiram, dei muita risada e achava que as cicatrizes estavam fechadas.

Mas ontem, talvez pela circunstância, pelo vinho, pela conversa ou pela proximidade, eu percebi que ainda tenho muito o que fazer por mim mesma.


Celebrate we will
Because life is short but sweet for certain
Were climbing two by two
To be sure these days continue,
Things we cannot change...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

O fenômeno Barbapapa



Faz tempo que procuro este texto.

Agora com vocês:

O fenômeno Barbapaba
por Jô Hallack

Este não é um texto contra a amizade. Não mesmo, tanto que eu o dedico a todas as minhas queridas amigas, com todo o meu amor. Isto posto, vamos falar de um mal terrível do qual somos vítimas:
O FENÔMENO BARBAPAPA

(Se você não sabe o que é Barbapapa, leia este parágrafo. Se você sabe muito bem o que é um Barbapapa, pule direto para o próximo parágrafo: Quem é que não se lembra do Barbapapa, um desenho animado totalmente fofo meio do início dos anos 80? Que era formado por uma família de seres coloridos e meio molengos, de formas engraçadas? Eram ectoplasmas divertidos e do bem que viviam juntos. Lembrou? Ficou com saudade? Então, vamos adiante...)

O fenômeno Barbapapa acontece quando você e seu grupo de amigos e amigas se funde numa pessoa só. Um grande grupo coeso, auto-suficiente, carinhoso e do bem. Geralmente, os Barbapapas comportam humanos do sexo feminino. Mas existem alguns Barbapapas que também comportam meninos. O Barpapapa surge em situações de pura sintonia e dá uma segurança sensacional aos seus integrantes. Tão bom que é muito difícil se desgarrar de um.

Na prática: se o Barbapapa vai a uma festa, ele se locomove junto - indo do jardim para a pista, da pista para o bar, do bar para o jardim.

Sabe aquela história de que mulher só vai no banheiro em dupla? Pois quando estamos num Barbapapa, levamos isso às últimas consequências. Somos piores que um cardume.

Tem mais: por ser auto-suficiente, o Barbapapa se basta.

Rimos juntas
Saímos juntas
Bebemos café juntas
Vamos ao cinema juntas
Ficamos juntas nas baladas
Somos divertidas juntas
Só não fazemos sexo juntos numa grande orgia Barbapapa porque alguns dos integrantes são oriundos de família mineira.

O problema é que o Barbapapa é, antes de tudo, um grande empata-foda. Pense bem: se você fosse um carinha bacana (e inseguro, pois todos humanos são) numa festa, se aproximaria de um enorme Barbapapa, um ectoplasma de meninas risonhas e sacanas, que se bastam? Talvez sim. Mas muito provavelmente não. O lance é que o Barbapapa é tão orgânico e conforável que, embora cada um tenha (e muito) sua identidade própria (uma é Barbabela, outra Barbalala, outra Barbazoo...), fica muito difícil trocar um Barbapapa pelo desconhecido e - ocasionalmente - cruel mundo real.

E antes que me entendam mal, não sou contra o Barpapapa. Eu amo meus momentos Barbapapa. Mas Barpapapa demais - com tudo em excesso, sem ser café e Friends - faz mal. Ou, pelo menos, é o que eu acho neste exato momento, sentada da minha sala de camisola e escutando um som!

Chewie



Uma moça muito inteligente que trabalhou comigo na firma anterior montou um site sensacional para venda de produtos bacanas. Um Mercado Livre phyno, o Enjoei.

Daí que um belo dia eu mostro o site para a minha irmã, que achou o máximo. E disse que tinha até umas coisas para vender.

- Ah, que legal, é mesmo?
- Sim, são umas botas peludas.
- Hã?
- É, bem peludas, tipo o Chewbacca. E são cor-de-rosa!
- Como assim???
- E tenho um par azul também.

Eu estava no trabalho e fiquei rindo umas duas horas mais ou menos,chegando a chorar em diversos momentos. Cara, é um Chewbacca brega! Sensacional!

Enquanto isso...


Na sala de justiça...

Recebo duas ótimas notícias: minha irmã conseguiu uma vitória gigante depois de muuuuuito tempo. E minha amiga se livrou de uma notícia que a estava agoniando e foi recebida com um abraço.

Porque a vida é assim, minha gente. Boa. A gente é que reclama demais.

Segundo a Dani...

Eventualmente eu esqueço que sou essa pessoa daqui do lado e imagino que sou um clone da Maria Betânia.

Só que agora isso acaba rápido.

Nada como uma noite com uma boa garrafa de vinho e um sanduiche de queijo de cabra no Cafeína no Leblon com uma amiga gloriosa e semi bruxa para voltar às CNTP.

Porque é como eu sempre digo, quem tem amigos tem tudo ;-)

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Body Balance

Nada como uma atividade.

Estou morrendo de saudade da aula e da professora sargenta.

Então tá

Porque a vida é assim, cheia de etapas.

E essa agora terminou.

Ainda que fora de mim.

Vou ali tomar uns cinco cappucinos e já volto.

domingo, 23 de agosto de 2009

Lembrança das Brumas de Avalon

- E qual a sua ideia de como é Deus?

- Eu só tenho certeza de que Deus não é aquela vizinha fofoqueira que fica na janela vendo o que você está fazendo e julgando sua vida.

sábado, 22 de agosto de 2009

Bom mesmo


Este post era pra ter saído semana passada, quando o evento em questão aconteceu, mas ainda está valendo...

Porque bom, bom mesmo é caber num vestido P da Farm.

Não importa se a modelagem dele está errada e se ele efetivamente não cabe em quem usa o tradicional P. A etiqueta está lá, no lugar dela, gloriosa. P.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Sempre algo de bom

Sou da opinião de que você deve aproveitar as situações e tirar sempre o melhor delas e aprender, se aprimorar e crescer.

Pois no ano passado, ao final de um relacionamento, eu havia me apaixonado pelo Dave Matthews, por quem continuo encantada.

Minha atual paixão é Stolen Away On 55th & 3rd.

Hello again
Seems like forever
Between now and then
You look the same
I mean you look different
But you haven't changed
Funny to think
How the time gets away
Funny how you
Take me right back again

Stole me away
First time I saw you
You did me that way
What should I say
I saw you laughing
And I was afraid
I might get in the way

I did not think
I would see you again
So how have you been
Do you remember ...
And how's everything
Funny I think
How time gets away
Funny how you
Take me right back again

Stole me away
First time I saw you
You did me that way
What should I say
Saw you there dancing
But I was afraid
I might get in the way

I did not think
I would see you again
Funny to think
How the time gets away
Funny how you
Take me right back again
Funny the feeling
When forever ends

You stole me away
First time I saw you
You did me that way
What should I say
Saw you there dancing
But I was afraid
I might get in the way

Never thought
I would see you again
So how have you been
Watching the years
As they trickle away
It's everything
How the time gets away
Funny how you
Take me right back again

Steal me away

It's like the first time I saw you
You do me that way
What should I say
I see you here standing
And I am afraid
I might get in your way

I never thought
I would see you again
How have you been
Do you remember
I mean everything
You steal me away
Like the first time I saw you
You do me that way
What can I say
I see you standing here
And I am afraid
I might get in your away

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lucky

Hoje amanheceu um típico dia de inverno. Nuvens pesadas, frio e chuva que insiste em não ser constante, só para te deixar sem saber o que fazer.

Acordei cedo, cansada, com sono e na expectativa, totalmente infundada, de ter sofrido uma amnésia. Que nada, os pensamentos estavam todos lá, bagunçados, misturados, me fazendo tentar, em vão, organizá-los.

O fato é que não posso reclamar, embora o meu lado engenheira racional tente me dizer que não há lógica. Mas quem precisa de tudo tão certo e previsível e explicado?

Quero pensar que tudo que tenho feito e pensado é tão espontâneo e verdadeiro que não pode me trazer nada além de sorte.

E a sorte sempre vem... Mesmo. E já estou acostumada que nada é tão fácil assim...

Lucky to have been where I have been
Lucky to be coming home again

Jason Mraz

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

terça-feira, 18 de agosto de 2009

De volta a Sampa

Amanhã volto à minha rotina semanal de viajar para São Paulo. É cansativo, fico num faz e desfaz de malas, mas no fundo eu gosto. E muito.

Porque tenho amigos lá que são gloriosos, principalmente por isso. Sinto falta deles e a oportunidade de vê-los é maravilhosa. Fora as milhões de opções noturnas de restaurantes e bares e pubs e tudo mais.

Vai ser bom.

Preciso me ocupar.

Está difícil de manter a caixa de Pandora fechada.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sobre idas e vindas

Indo para meu destino, descubro que no avião tinha um especial do U2 sobre o novo disco com entrevistas e tudo mais. Após todas as músicas do "No line on the horizon", ainda rolou uma sequência de clássicos deles em que tocava, entre outras, One. E foi com ela que cheguei onde queria, mesmo que ainda cheia de dúvidas e com a cabeça fervendo de pensamentos.

A volta foi dormindo muito, depois de comer um doce que precisava para alimentar minha saudade e minha alma, com o coração dentro de uma caixa, de onde não sei quando e como irá sair. Quando olhei para o monitor de LCD e vi a distância física que tinha percorrido, fiquei pensando em como o meu caminho também havia sido longo até aquele momento. Matar o medo, a insegurança, me entregar ao novo, ao desconhecido e descobrir que eu posso e que é bom.

Existe na minha família uma frase que é usada de brincadeira em diversas situações: E depois? Me seguro para não me perguntar isso o tempo todo: E depois? E depois? E depois? Deus, que pessoa confusa é essa que sou?

Pousei no Rio com a mesma One. Coincidência? Pode ser. Metáfora para um ciclo? Também. Não quero pensar em nada disso. Fechei a caixa. Preciso esquecer o depois.

Da série: Pérolas do msn

O amigo: Tudo bom com você?

Eu: Tudo bem. Estou aqui resolvendo umas coisinhas na minha cabeça, mas está tudo certo.

O amigo: Coisinhas? Coisinhas viram coisas que viram coisonas.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Monstros S.A.

Sabe, sou como o Calvin.
Tenho vários monstros embaixo da cama. Às vezes eles fazem barulhos, começam a babar, mas normalmente ficam por lá. Não costumam pular na minha cama, pois são sempre afastados pelas minhas ameaças.
Sou assim, uma busca constante por melhorar, crescer, amadurecer, ter mais atitude, menos insegurança.

Faz duas semanas descobri a arte do ilustrador mexicano Alberto Cerriteño, que o Danilo, do Let´s blogar, blog que acompanho há milênios, passou.


Meus monstros podiam ser simpatiquinhos como esse. Eu dava mesmo um abraço!