terça-feira, 29 de setembro de 2009

Último romance ou sobre a afinidade

"e ninguém dirá que é tarde demais... o nosso amor a gente é quem sabe"

Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação,
o diálogo, a conversa, o afeto, no exato ponto em que foi interrompido.
Afinidade é não haver tempo mediando a vida.

É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo sobre o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.
Ter afinidade é muito raro.

Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois
que as pessoas deixaram de estar juntas.


Artur da Távola

2 comentários:

Manas Rocha Souza disse...

E daí que quando li, meus olhos se encheram d`água porque afinidade realmente é tudo que a gente busca.
Pena que ás vezes o nosso coração machucado não quer mais e ponto.
Lindo de morrer...ai, ai, ai...meus sais!

disse...

Inspirador, né?
Beijos!!