domingo, 15 de novembro de 2009

O acaso protege mesmo?

Ontem passei por uma situação no mínimo inusitada. Estava em Botafogo, onde fui almoçar e passar no meu salão para atividades fúteis. Resolvi ir ao cinema no UCI assistir a The Ugly Truth. Daí que peguei um ônibus (coisa que raramente faço, mas como hoje é sábado, não há vans disponíveis e estou num momento completamente pão-dura...) e sentei lá trás, conversando animadamente com um amigo pelo Twitter.

Eis que, já na Barra, o rapaz ao meu lado fala que estava passando MUITO mal e que precisava ir para um pronto-socorro. Lá fui eu para o São Bernardo com o rapaz, que levou umas agulhadas e entrou no soro. Resolvi esperar a família dele chegar, sendo que o pai apareceu mais de uma hora depois, pois estava do outro lado da cidade.

Esta criatura ficou tão agradecida que não parava de falar. O fato é que já passei por isso. Não ao ponto de ter que ir para um hospital sozinha, mas de ficar muito, muito doente e não ter ninguém para ajudar. Isso quando morei em Aracaju. A sensação de impotência e a iminência de depressão são gigantes. Por isso, não exitei em perder a sessão de cinema para a qual havia me programado e fiquei no hall do hospital ainda tuitando com os meus amigos. Francamente não foi esforço nenhum. Afinal, canso de ficar horas à toa no computador. Aquilo certamente não ia me matar. E livrei alguém de um sentimento muito ruim, provavelmente.

O engraçado é que o nome dele é André.

A vida é estranha mesmo.

P.S.: Deus, vou refletir mais sobre isso, me pareceu uma daquelas Suas mensagens subliminares ;-)

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