quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Voltei, Recife

E cá estou eu em mais uma viagem para Recife, dessa vez vindo de São Paulo, como já fiz tantas outras vezes.
Minha relação com a cidade sempre foi passional. Fui pra lá ainda noiva, adorei tudo o que vi, apesar dos defeitos que ela me apresentou. E tentei construir uma vida ali, já casada, mas aí eu já era outra e não aquela que havia decidido se casar. E a nova moça queria viver de forma diferente, com a paixão no coração, sem saber que o pra sempre sempre acaba.
Daí a cidade me aprisionava, me afastava sem saber de um objetivo que era vão e eu não percebia. Então me fui, ainda para outro lugar, para servir somente de passagem ao meu regresso ao Rio.
Depois, distraída, me peguei deixando lá o coração e voltei várias vezes, sempre o deixando para trás. Da última vez, ele veio numa caixa e ficou lá, guardado, machucado, até se recompor e entender que o tempo, a distância, as adversidades podem fazer você perder uma das chances de felicidade da vida.
Sorte é que a gente tem muitas outras oportunidades e ele, o coração, está livre para mais uma delas. Voltando agora não levo ansiedade, dor ou tristeza. Trago amizade, saudade, afinidade e muita novidade pra contar.
Afinal, o tempo de ser feliz de novo já chegou.