domingo, 1 de fevereiro de 2009

Heroes

Bem, essa semana fiquei doente. O fato é que estou sentindo uma dorzinha nos rins faz tempo. Daí fui à médica, que me examinou e receitou um remédio.

Eis que as dores passaram por um tempo e não tomei remédio algum e nem voltei mais lá. Ah, mas os meus rins não esqueceram dessa gracinha minha. E começaram a reclamar e reclamar e reclamar. Semana passada senti muita, muita dor em São Paulo. E fiquei com medo de passar para um estágio pior e partir desta para melhor, dado o caso da pobre moça que morreu semana retrasada por conta de uma infecção nos RINS.

Bem, a esta altura, minha mãe já queria me internar. Eu, espertamente, quando cheguei de Sampa, comprei o remédio que a doutora havia receitado e... não adiantou. Comecei a ter febre na sexta-feira. Vale ressaltar que 37 graus na minha família é questão de hospital, praticamente. E eu estava com quase 38...

Fiquei em casa, ou melhor, deitada no quarto o dia todo, e ontem é que melhorei e resolvi assisitir Heroes, dado que não iria sair de casa. Bom, no embalo assisti a sete episódios, praticamente uma maratona. Simplesmente não conseguia parar. E concluí a terceira temporada, que um funcionário meu conseguiu sabe Deus como.


Fui dormir quase três da manhã e fiquei pensando o que leava às pessoas (eu inclusive) a gostar tanto da série. É fato que os episódios têm uma trama bem amarrada, que você presisa seguir a séquência para poder entender o que se passa, caso contrário são situações sem nenhuma conexão que você não vai conseguir ver nenhum sentido. Mas o seriado é tenso, nervoso, tem situações de medo (claro que eu tenho pânico do Sylar) e um lado engraçadinho somente pelo Hiro Nakamura.

E fiquei divagando (serão consequências da febre?) que o sucesso todo de Heroes pode vir da extrema necessidade de todos se sentirem ESPECIAIS. Não é isso que todo mundo quer hoje? Fazer algo extraordinário que chame a atenção do outro para si mesmo? Ter uma habilidade, algo que o diferencie de todo o grande resto?

Nessa temporada tem um episódio em que eles ficam com os poderes anulados durante um tempo por uma causa X (não vou contar o que é), mas o fato é que eles precisam, naquele momento, provar que as tais habilidades não são fundamentais para a vida deles. Obviamente, não foi nada simples. Mas é fácil hoje com tantas as ofertas e necessidades e gostos e demandas se tornar alguém de hábitos simples? Não se importar tanto com as têndencias de tecnologia, com a moda, com qualquer outra coisa imposta pela atualidade?

Difícil não querer se diferenciar, mas realmente será isso tão importante? E até que ponto fazemos isso para nós mesmos ou nos agredimos para agradar ao outro?

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