segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Sobre idas e vindas

Indo para meu destino, descubro que no avião tinha um especial do U2 sobre o novo disco com entrevistas e tudo mais. Após todas as músicas do "No line on the horizon", ainda rolou uma sequência de clássicos deles em que tocava, entre outras, One. E foi com ela que cheguei onde queria, mesmo que ainda cheia de dúvidas e com a cabeça fervendo de pensamentos.

A volta foi dormindo muito, depois de comer um doce que precisava para alimentar minha saudade e minha alma, com o coração dentro de uma caixa, de onde não sei quando e como irá sair. Quando olhei para o monitor de LCD e vi a distância física que tinha percorrido, fiquei pensando em como o meu caminho também havia sido longo até aquele momento. Matar o medo, a insegurança, me entregar ao novo, ao desconhecido e descobrir que eu posso e que é bom.

Existe na minha família uma frase que é usada de brincadeira em diversas situações: E depois? Me seguro para não me perguntar isso o tempo todo: E depois? E depois? E depois? Deus, que pessoa confusa é essa que sou?

Pousei no Rio com a mesma One. Coincidência? Pode ser. Metáfora para um ciclo? Também. Não quero pensar em nada disso. Fechei a caixa. Preciso esquecer o depois.

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